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8ITENTAS

Maravilhosos anos oitenta. Tudo o que está aqui são as minhas referências de adolescência: filmes, músicas, acontecimentos, objectos, tudo o que marcou a década em que tomei consciência do Mundo como ele é. Só mesmo 80's.

domingo, março 04, 2007

Alcafache 


Sem querer fazer apologia das desgraças, mas outro dos acontecimentos relevantes dos anos 80 (precisamente em 85), foi o acidente ferroviário de Alcafache, em que um comboio internacional, o Sud-Express, carregado de emigrantes que regressavam a França, chocou frontalmente com um regional, que seguia em sentido contrário numa linha de via única.

Foi o segundo acidente mais grave da história dos caminhos-de-ferro portugueses, que vitimou 49 pessoas, a grande maioria da freguesia de Válega, em Ovar. Lembro-me particularmente deste acidente porque estava a passar férias em Viseu e por causa das minhas constantes idas à piscina municipal, no Fontelo, que não era limpa com a devida regularidade nesse Verão, apanhei uma broncopneumonia, sendo assisitido no hospital, onde estavam os politraumatizados espalhados pelos corredores, apenas com um lençol por cima. Não foi bonito de se ver. Marcante, mesmo.

Para quem acredita em coincidências, o acidente ocorreu em 1985, no dia... 11 de Setembro.

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quinta-feira, setembro 16, 2004

Uma PAnCada ou MANia? 



Em meados do primeiro ano da década de 80, a Namco lançou um jogo de vídeo, só para máquinas de arcada, que viria a marcar uma era de entretenimento electrónico. O PAC-MAN foi mesmo usado pelo 7UP para anúncios comerciais e o comilão smile ganhou (se é que ainda precisava disso) reconhecimento à escala planetária. Não acredito que haja muitas pessoas neste mundo que nunca tenham experimentado.

Originais, até hoje, foram feitas 16 versões do jogo (incluindo uma, a última - talvez 1999 -, a três dimensões). Clones, há mais do que muitos: para DOS, Windows, Macintosh, Commodore, Java, Atari, Linux, Tandy, HP. Todos querem colar-se ao mega-sucesso dos anos 80.

A febre é tanta que a Namco, a empresa japonesa responsável pelo lançamento do jogo, abriu em Agosto deste ano um café em Orlando chamado PacManCafé. Uma verdadeira loucura! Quem viu o filme Top Secret, com o Val Kilmer, também se lembra da célebre cena do comboio a chegar a Berlim, continuada depois no táxi, que ia deixando pontinhos brancos no suposto mapa da cidade, vindo depois os alegres smiles comer os ditos pontinhos...



É verdade... e um ano depois é lançada a versão feminina, que todos se lembram do pormenor do lacinho vermelho na «smila»:



Grande década de 80!
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quarta-feira, agosto 25, 2004

Faz hoje 16 anos: 25 de Agosto de 1988



Entre as 4h e 30m e as 4h e 45m da manhã, na secção de perfumaria e «lingerie» dos Grandes Armazéns Grandela, começava o incêndio. O alarme só foi dado às 5h e 19m, devido à falha dos telefones e do alarme de incêndio. Só às 15h foi anunciado que o fogo se encontrava dominado, quando já tinham ardido quatro quarteirões. O rescaldo só dado como terminado dez dias depois.

Desaparecia a fachada histórica de uma das zonas mais marcantes do período pombalino. Desgraçado Sebastião José de Carvalho e Melo, que deve ter dado umas quantas voltas na tumba.

80 milhões de contos de prejuízo contabilizados pelos comerciantes, com 18 edifícios destruídos pelas chamas e, sobretudo, após a contabilização de feridos e dos dois mortos, Siza Vieira foi o homem escolhido para renovar. Renovou, inovou e respeitou o passado histórico da zona. A transformação já é da década de 90, mas a desgraça ficou-se pelos oitentas.

Nunca quis ver Lisboa a arder...

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sexta-feira, agosto 20, 2004

Cowboy and angel



Se não me falha a memória dava às terças-feiras à noite, na RTP2. Aquilo é que eu gostava de ver o Dempsey e a Makepeace em acção, e uma coisa que me fazia muita confusão era de não ter chegado nunca a saber se o casalzinho de polícias se curtia ou não. Aquilo fazia-me cá uma confusão... Às vezes achava que a very british Lady Makepeace não ia muito à bola com as cowboiadas do Lieutenant Dempsey e o seu jeito com uma pistola Colt, quase ao estilo do velho faroeste!

O primeiro episódio foi emitido a 11 de Janeiro de 1985, pelo menos na televisão britânica, em que dava aquela imagem do parlamento britânico, entre sons de cornetas reais, com a palavra "THAMES" escrita a encher todo o ecrã.

Aahhhh, e o Ford Escort em que ela andava, a contrastar com o Mercedes dele. Não me lembro muito bem das histórias à volta da série (podia dizer que sim, depois de consultar um site exaustivo de uma fanática qualquer), mas há coisa que não dá para esquecer.

Ela era gira, mas não assim tanto.

Curiosidades da vida real: ele nasceu mesmo em Brooklyn, NY e ela em Joanesburgo, com 10 anos de diferença (1945-1955). Não eram casados um com o outro, mas divorciaram-se no mesmo ano: 1979.

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quinta-feira, agosto 12, 2004

De casco para o ar... 



Juro que tentei saber informações junto da Capitania do Porto de Lisboa, mas pediram-me um requerimento, por escrito, com os motivos da minha curiosidade, de forma a poder satisfazer o meu pedido.

Fica o essencial: quem não se lembra do casco do Tollan, a céu aberto, bem junto à Praça do Comércio? Pois é. Eu lembro-me e muito bem. Havia uma significativa quantidade de velhotes sentados nos banquinhos em pedra, virados para o Tejo, a formular as mais mirabolantes teorias de como tirar dali o navio que ensombrava as vistas, em plena baixa pombalina. Até cheguei a ouvir em balões cheios de ar para adornar a embarcação e torná-la transportável dali para fora.

Prometo que quando souber mais informações sobre o assunto que esclarece toda a gente. Designadamente em que dia virou o bicho, porquê, e em que dia começou a ser retirado - embora me lembre vagamente de ter sido uma empresa holandesa a fazer o trabalho!

Sem dúvida que também marcou a década de oitenta.

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sábado, agosto 07, 2004

Que mundo é que somos? 

É mesmo o meio da década: 28 de Janeiro de 1985.



Aproveitando a entrega dos American Music Awards (que isto de reunir os vip's também tem uito que se lhe diga...), Quincey Jones (produtor), Michael Jackson e Lionel Richie (música e letra) fizeram a versão americana dos europeus Band Aid - ideia do Bob Geldof (ex-Boomtown Rats) e que mais tarde deu origem ao mega-concerto mundial denominado LIVE AID - chamada USA For Africa. Só que não era Natal (Do They Know It's Christmas Time, era o tema da música da Band Aid).
We Are The World, numa altura em que as nossas televisões eram inundadas com imagens da Etiópia e da miséria humana, conseguiu juntar esta gente no mesmo estúdio:
Todos eles com uma carinha no videoclip (no meu tempo chamavam telediscos!) de quem ainda tinha muito para andar. Até o velho Ray Charles, que não podia ver à frente o Stevie Wonder (e vice-versa) - perdoem-me mas não resisti à velha piada... - ainda estava no seu auge e o "Boss" (Bruce Springsteen, para os mais distraídos!) como o "aço", ainda longe de sonhar com as ruas de Filadélfia.

Honestamente, acho a música bonita. A melodia ficou-me desde então. E quase que sei reconhecer todas as vozes, mesmo que cantem por breves segundos. Mas não vou matar todos os coelhos agora porque quero lembrar-me de um de cada vez, neste blog.

Para já fica a recordação de uma música que marcou não só as tabelas de vendas mas também o tempo. Foi o momento em que o mundo ficou chocado com a fome em África. Se calhar, hoje, vê-se o mesmo na Somália, no Sudão, ou pior ainda, chacinados no Ruanda e alguns pensam "que vergonha" e continuam a jantar. A televisão banalizou até o pior que o Homem pode mostrar ser capaz.

Resta ao menos a música. Não para espantar os males, mas para nos lembrar que eles ainda existem.

There comes a time when we heed a certain call (Lionel Richie)
When the world must come together as one (Lionel Richie & Stevie Wonder)
There are people dying (Stevie Wonder)
Oh, and it's time to lend a hand to life (Paul Simon)
The greatest gift of all (Paul Simon/Kenny Rogers)

We can't go on pretending day by day (Kenny Rogers)
That someone, somehow will soon make a change (James Ingram)
We're all a part of God's great big family (Tina Turner)
And the truth (Billy Joel)
You know love is all we need (Tina Turner/Billy Joel)

( CHORUS )
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day so let's start giving (Michael Jackson)
There's a choice we're making we're saving our own lives (Diana Ross)
It's true we'll make a better day just you and me (Michael Jackson/Diana Ross)

Well, send'em you your heart so they know that someone cares (Dionne Warwick)
And their lives will be stronger and free (Dionne Warwick/Willie Nelson)
As God has shown us by turning stone to bread (Willie Nelson)
And so we all must lend a helping hand (Al Jarreau)

( REPEAT CHORUS )
We are the world, we are the children (Bruce Springsteen)
We are the ones who make a brighter day so let's start giving (Kenny Logins)
There's a choice we're making we're saving our own lives (Steve Perry)
It's true we'll make a better day just you and me (Daryl Hall)

When you're down and out there seems no hope at all (Michael Jackson)
But if you just believe there's no way we can fall (Huey Lewis)
Well, well, well, let's realize that a change can only come (Cyndi Lauper)
When we (Kim Carnes)
stand together as one (Kim Carnes/Cyndi Lauper/Huey Lewis)

(REPEAT CHORUS AND FADE )

(additional ad-lib vox by Bob Dylan, Ray Charles, Stevie Wonder, Bruce Springsteen, James Ingram)

Não sei porquê, mas esta música faz-me lembrar salada de frutas!

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domingo, agosto 01, 2004

O meu primeiro...



Não fosse a informática e o que seria dos blogs? Foi assim que tudo começou, pelo menos para mim. Lançado em Abril de 1982, pela Sinclair Research, o objectivo principal foi o de levar para casa o gozo dos famosos jogos de arcádia, aquelas máquinas onde uma geração de putos torrou umas moedas de 25 escudos (à minha época, mas também as moedas podem ser um post à parte deste...). Jogos da Atari, da Namco, da PSION que me faziam ficar acordado pela noite dentro, ao som daquele barulho agudo em vários tons, que fazia ao carregar os jogos (depois do famoso LOAD ""enter ! ! ! ! !)

Sinceramente, e tenho pena, já não me lembro qual foi o primeiro jogo que tive. Mas recordo-me de alguns bem simples como o Manic Miner, o Chuckie Egg, o Pole Position, o Match Point, levezinhos e que não rebentavam com a memória de RAM de 48k.

E o prazer das teclas de borracha? LINDO!

Não tão lindo era a linguagem BASIC em que assentava o Spectrum. Só conseguia fazer um círculo, para o meu pai não ficar triste e ver que o computador só era aproveitado para os jogos! Mas também me lembro do comando GO TO.

Coitadinhos dos 8 bits, comparados com os 64 e 128 que as consolas de hoje já têm.

Mas ainda cheguei a ter a versão melhorada do 48k. O 128k+2 já com leitor de cassetes incorporado.



Mas não era "mágico" como o seu antecessor e as suas teclas de borracha!

Tenho saudades do 48k, que nunca mais vi o meu. Mas ainda guardo o 128k (não sei onde, mas sei que o tenho, se não teve o mesmo fim que toda a minha colecção de revistas Kapa, que a minha senhora mãe achou que não devia querer aquilo para nada e deitou-as fora. Foi o dia em que a retirei como beneficiária do meu seguro de vida!)

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